Fanese promove ação de limpeza nas praias em celebração ao Dia Mundial da Reciclagem

Primeira edição do Pé na Areia foi realizada aos redores dos Arcos da Praia de Atalaia.
Larissa Barros / Fanese

Em celebração ao Dia Mundial da Reciclagem, a Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (Fanese) promoveu no dia 25 de maio a primeira edição do “Pé na Areia”, uma iniciativa prática de limpeza das praias da capital sergipana, em parceria com a Cooperativa de Reciclagem União.

A conscientização sobre a preservação do meio ambiente tem se tornado cada vez mais crucial. Em razão disso, o dia 17 de maio foi estabelecido como Dia Mundial da Reciclagem, visando chamar atenção para o descarte adequado de resíduos.

Segundo uma pesquisa do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP), mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por plástico. Esse material, ao se decompor, transforma-se em microplásticos, que prejudicam os ecossistemas aquáticos e representam uma ameaça direta à saúde humana.

A Coordenadora Administrativa da Fanese, Adriana Santos, afirma que durante a coleta, os estudantes puderam constatar que há muito material descartado incorretamente. Ela destaca ainda que a ação, além de ajudar a natureza, também gera renda para catadores.

“Com a Cooperativa, pudemos entender sobre quais são os materiais recicláveis e não recicláveis, sobre os tipos de plásticos. Um conhecimento que poderá nos auxiliar na separação de resíduos para a coleta seletiva”, acrescenta.

O Brasil é o 4º produtor mundial de lixo plástico, com 11,3 milhões de toneladas anualmente, conforme dados do Banco Mundial. Desse total, mais de 10,3 milhões foram coletados e apenas 145 mil toneladas foram recicladas.

De acordo com Francielle Gonçalves, integrante da Cooperativa União, a separação dos materiais que chegam à cooperativa é uma parte essencial do trabalho dos cooperados. No entanto, alguns materiais são mais buscados do que outros, valendo um preço de venda maior.

“Recentemente, apareceram pessoas na nossa unidade à procura de ferro para revenda. Mas, os que mais são buscados são a garrafa pet e a latinha. Já os que mais valem são as latinhas e o ferro”, revela.

A estudante de Gestão em Tecnologia da Informação Marina França, 21 anos, destaca que a experiência foi surpreendente porque ela não imaginava que a praia estaria tão suja.

“A gente encontrou resíduos inesperados como potes de margarina, além de garrafas plásticas e bitucas de cigarro, materiais que eu já esperava. No entanto, foi uma experiência única, eu pude sentir que estava fazendo a diferença naquele momento”, afirma.

A primeira ação conseguiu realizar a coleta em uma parte da praia, localizada nos Arcos da Orla da Atalaia. Atualmente, cerca de 35 cooperativas atuam na capital sergipana. Além de possibilitar a geração de renda em Aracaju, principalmente nas áreas mais carentes da cidade, elas são essenciais para a criação de uma consciência sustentável.

 

Amanda Custódio sob supervisão de Larissa Barros


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