Integrar o ensino em sala de aula à vida em comunidade é um dos desafios mais enriquecedores para professores e estudantes. Para a professora de Direito da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe, Luana Professor, as práticas extensionistas são verdadeiros catalisadores, pois moldam profissionais mais sensíveis e altamente capacitados.
Para a docente, que também é presidenta da Comissão Nacional de Relações Internacionais (CRIN) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sergipe, os projetos elevam o conhecimento teórico à vivência prática, que precisa ser sentida pelos alunos antes de enfrentarem o mercado de trabalho e a realidade social.
Os projetos desenvolvidos por alunos e professores atuam diretamente nas comunidades, buscando soluções para problemas sociais, tecnológicos e culturais. O objetivo é promover a conscientização, capacitação e, principalmente, a difusão de informações.
“Os benefícios são inúmeros: o primeiro é a oportunidade de experimentar a prática, depois a recompensa do feedback imediato da comunidade, quase sempre positivo e animador, entre vários outros benefícios”, afirma Luana.
Entre as ações desenvolvidas durante a disciplina está o projeto “Saúde e Bem-estar: Conhecendo os seus direitos”, realizado pela professora Dra. Heloísa Thaís Rodrigues, docente dos cursos de Engenharia. A iniciativa é dedicada a discutir e conscientizar sobre os direitos das pessoas com deficiência, promovendo um diálogo entre os discentes e a comunidade.
Para o estudante de Direito, Bruno Leonardo, participar de ações extensionistas é uma oportunidade de aprimorar habilidades não técnicas, como liderança. “Essa participação demonstra um comprometimento com a sociedade e com a nossa capacidade de trabalhar em equipe, fora o networking, uma vez que a gente está trabalhando em conjunto com alunos e professores de mais de uma área de conhecimento, e com outras pessoas que não necessariamente são ligadas à faculdade”, destaca.
Além de pesquisas realizadas ao longo do semestre, os projetos desenvolvem rodas de conversa, atividades coletivas e interdisciplinares. O diretor da instituição e professor do curso de Direito, Marcel Ramos, destaca que, nos últimos anos, a Fanese tem criado um ambiente onde o aluno percebe que o ensino não pode apenas ser dentro da sala de aula; os estudantes precisam sair para adquirir novos conhecimentos.
“A gente percebe nitidamente que há uma necessidade de uma mudança de cultura nas metodologias tradicionais de ensino. E o benefício é o aluno começar a vivenciar aquilo que antes era interno do plano teórico, dentro de um projeto prático. Desenvolvendo, inclusive para a coletividade, o entorno da instituição, algum tipo de projeto que traga benefício para a sociedade”, ressalta.
Ao promover a integração entre ensino e pesquisa, as ações extensionistas focam no impacto que os estudantes e a faculdade podem gerar à comunidade. Criando um ciclo virtuoso de aprendizado, os professores e discentes se tornam agentes de transformação social, não somente para os bairros próximos da Fanese, mas principalmente para a sociedade como um todo.
Larissa Barros – Ascom Fanese