Como surgiu e o que é o Janeiro Branco

Tendo origem em Uberlândia, em 2013, a campanha do Janeiro Branco foi idealizada por um grupo de psicólogas e de psicólogos, como uma proposta concebida horizontalmente e de uma abrangência geral, em termos de universo da saúde, comportamento espiritual e emocional, incluindo as manifestações de relações interpessoais, tudo integrado em um projeto capaz de intensificar a promoção da saúde mental. Esses profissionais aproveitaram as dicas do Outubro Rosa, em termos de organização, quando destacam a ampla divulgação midiática, visando um alcance maior junto à sociedade, alertando-a para a necessidade de uma sensibilização mais ativa, a fim de se instalar uma conscientização eficaz e efetiva.

E por que Janeiro? A ideia do grupo baseou-se na seguinte estratégia: “Como a virada de ano é um período em que as pessoas entram em um movimento espontâneo de avaliação das suas próprias vidas e, Janeiro, o primeiro mês do ano, é um mês terapêutico por natureza – vamos, então, aproveitá-lo e instigar as pessoas a pensarem sobre Saúde Mental, sentidos de vida, propósitos existenciais, qualidade de relacionamentos, equilíbrio emocional e se elas são, ou não, verdadeiramente felizes.” Assim, o primeiro Janeiro Branco aconteceu em 2014, repetiu-se em 2015 e em 2016, com uma participação dos alunos e agentes de Uberlândia. O evento foi tão forte e crescente, cada vez mais, que se espalhou pela maioria das cidades brasileiras, de 2017 até 2020, com a ajuda da internet.

O projeto agigantou-se, psicanalistas abraçaram o movimento, com grande expressividade e o que se viu foi: centenas de mini palestras, rodas de conversas, dinâmicas de grupo e intervenções urbanas em nome da Saúde Mental em espaços públicos e privados das cidades onde o Janeiro Branco vem sendo realizado. Destacam-se, durante todo o mês, as palestras-relâmpago em salas de espera de hospitais e de escolas, restaurantes populares, pontos e terminais de ônibus, organizações empresariais, anfiteatros, universidades públicas e privadas, shopping centers, feiras livres, igrejas, centros espíritas, praças públicas, rodoviárias, filas de casas lotéricas e de bancos e em eventos festivos diversos.

Para se ter uma qualidade de vida, mentalmente e emocionalmente, saudável, os Conselhos Regionais de Psicologia e as Associações de Psicanalistas aconselham que se pratiquem hábitos saudáveis e que se adote um estilo de vida que ajude a manter a saúde mental em dia. E as principais dicas, também orientadas pelo Ministério da Saúde, são: a) Jamais se isole; b) Consulte o médico regularmente; c) Faça o tratamento terapêutico adequado; d) Mantenha o físico e o intelectual ativos; e) Pratique atividades físicas; f) Tenha alimentação saudável; g) Reforce os laços familiares e de amizades.

E para quem deseja fazer parte desta campanha, um lembrete: Ser feliz é promover o bem-estar de outras pessoas, para que elas também se sintam felizes e aumentem a corrente do bem. Façamos isso o ano inteiro e estaremos fazendo parte do batalhão pró saúde mental, em uma época em que as taxas de suicídio, depressão e ansiedade têm crescido de forma assustadora em todo o mundo.

 


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